Este blog foi desativado. Mas acesse outro blog do mesmo autor: http://blogworldteens.blogspot.com/

5 de dez. de 2010

O novo blog feito para os adolescentes e jovens!

World Tenn! 
Entre e confira um novo portal atual com muitas matérias interessantes.

http://blogworldteens.blogspot.com/

2 de nov. de 2010

Dicas para se dar bem nas provas


Dicas para se dar bem nas provas

Você sabia quem, estar bem alimentado no dia de uma prova importante, pode ajudar no seu desempenho? Já bastam as preocupações naturais com as questões, o conteúdo, os concorrentes... por isso é muito importante prestar atenção no cardápio de um dia de prova.
A nutricionista Weruska Barrios, do Hospital Samaritano de São Paulo, diz que nosso corpo sofre muito com fatores psicológicos como medo, ansiedade e até euforia: "Esses fatores interferem no apetite do estudante, diminuindo a vontade de se alimentar corretamente e aumentando a falsa necessidade de ingerir determinados alimentos como chocolates. Tudo isso causa uma desordem no sistema imunológico aumentando a possibilidade do surgimento de resfriados, mal-estar, dores de cabeça, vômitos e diarreia".
Ela montou um super cardápio que você pode e deve seguir. Aproveite a dica!
Durante os estudos
*Mantenha uma dieta equilibrada, consumindo alimentos dos quatro grupos alimentares (carboidratos, frutas e legumes, proteínas e gorduras).
*Beber água equilibra a hidratação do corpo e evita crises de gastrite, muito comuns nesta fase. Beba de 8 a 10 copos ao dia.
*Não fique muito tempo em jejum. Faça um lanchinho entre as refeições principais. O ideal é comer uma fruta ou barra de cereais.

No dia da prova
*Dê preferência por alimentos leves e de fácil digestão.
*No café da manhã, procure escolher alimentos fontes de carboidratos (cereais matinais, granola ou pão integral), proteína (leites, iogurtes, queijos ou peito de peru) e vitaminas e minerais (salada ou suco de frutas).
*No meio da manhã, tome um copo de suco de frutas. Os sucos com cenoura ou beterraba são ainda melhores, pois os micronutrientes, como vitaminas e minerais, estarão em maior quantidade.
*Se possível, almoce antes de ir para a prova. Prefira uma refeição leve com baixo teor de gorduras. Sugestão de prato: 4 colheres de sopa de arroz, 1 filé de peixe grelhado, legumes refogados, salada de alface com tomate, 1 copo de suco de fruta natural e uma sobremesa, como gelatina ou 1 banana ao forno com canela.
Na hora "H"
*Leve água. Normalmente a prova tem longa duração e o período pode se estender ainda mais com o nervosismo e a pressão do tempo. Durante a prova, é muito importante manter a hidratação equilibrada.
*Leve uma barra de cereal, uma fruta ou, até, uma barra de chocolate meio amargo. Com certeza esses alimentos irão compensar uma eventual "queda de energia", comum nos momentos de estresse.
*Evite levar alimentos industrializados como salgadinhos, que têm alto teor de sódio e aumenta ainda mais a sede. Além disso, poderá causar um barulho indesejável com as embalagens.
Outras dicas para se dar bem
*Evite bebidas alcoólicas, principalmente, na véspera da prova;
*Não pule refeições, coma a cada 3 horas;
*Evite comer fora de casa nos dias que antecedem a prova;
*Não exagere no café e nas bebidas energéticas (ricos em cafeína);
*Ingira cereais integrais, que são ricos em vitaminas do complexo B e auxiliam o funcionamento cerebral.
*Não deixe de fazer nenhuma das refeições. Quando se fica muito tempo sem comer, os níveis de açúcar no sangue baixam, podendo causar sonolência, tonturas, suor frio e, até mesmo, desmaios.
*Evite preparações gordurosas como feijoada e bife a parmegiana, pois esses alimentos têm a digestão mais lenta e exigem do organismo um gasto de energia muito alto.
*O momento da refeição deve ser prazeroso. Faça as refeições na mesa ou em local apropriado, mastigue devagar e transfira toda sua atenção para o alimento.
*Pratique alguma atividade física. Os exercícios melhoraram a disposição e diminuem o estresse.
 fonte:atrevida.uol.com.br

11 de out. de 2010

Receitas para a inteligência




No futuro, a História vai se referir à Ciência de hoje como a era do cérebro, tantas as pesquisas e descobertas sobre essa máquina delicada, misteriosa e complexa. "Pela primeira vez, temos hoje a oportunidade de estudar o cérebro vivo, trabalhando, pensando e sentindo - um avanço na história da humanidade", diz Nancy C. Andreasen, professora da Universidade de Iowa, editora do American Journal of Psychiatry e autora de Admirável Cérebro Novo. A neurocientista americana diz que o progresso das diversas tecnologias possibilita que os pesquisadores esquadrinhem o cérebro como um mapa e determinem as chaves para o bom funcionamento desse órgão. ÉPOCA reuniu, nas próximas páginas, um painel das descobertas que mais afetam a vida cotidiana. Resumidamente, são seis passos que podem produzir novos neurônios e estimular as conexões cerebrais. Alguns são simples e infalíveis, como fazer meia hora de exercícios aeróbicos três vezes por semana - o suficiente para aumentar em 15% o poder de concentração e aprendizado. Outros ainda causam polêmica, como usar medicamentos que aceleram o funcionamento da mente. Para o futuro, cientistas estudam injeções capazes de estimular o crescimento de células. E testa-se o aparelho de estimulação magnética transcraniana - hoje usado no tratamento de depressão - para estimular os centros que controlam a criatividade e o humor. Por enquanto, essas são apenas possibilidades. Mas o presente já traz novidades bem atraentes.


Atividade física
Mais neurônios com exercício


Adolescentes que fazem esportes regularmente apresentam desempenho 20% superior ao dos sedentários em testes escolares
Até recentemente, essa idéia seria tida como ficção científica. Mas pesquisas comprovam que o exercício físico é capaz de estimular, de fato, a produção de neurônios, as células do cérebro. Durante um século teve-se como certo que as pessoas nasciam com um número determinado de neurônios e que ao longo da vida esse número só decrescia - afinal, eles iam ä morrendo pouco a pouco, por causa de stress, consumo de álcool, drogas ou doenças como Alzheimer. Essa idéia mudou depois de pesquisas como as feitas no Laboratório de Genética do Salk Institute, na Califórnia. Ao colocar camundongos em um ambiente "rico" - com vários brinquedos e possibilidades de interação social e atividade física -, cientistas descobriram que havia a produção de novos neurônios no hipocampo, região onde se processam a memória e o aprendizado. "O simples fato de existir rodinhas para os camundongos se exercitarem já era suficiente para estimular a criação de neurônios", diz o neurobiólogo brasileiro Alysson Renato Muotri, pesquisador associado do Salk Institute. Os cientistas procuraram também investigar se, colocados para nadar - situação estressante para os bichos - ou forçados à atividade física, os animais ganhavam células nervosas. O efeito foi negativo. "O exercício precisa ser voluntário e prazeroso para que ocorra maior produção de neurônios", diz Muotri. Outros testes concluíram que animais que fazem exercícios têm melhor memória e maior capacidade de aprendizado. O efeito também foi notado em relação à idade: "Animais mais velhos que se exercitam regularmente têm memória e maior capacidade de aprender novas informações que jovens sedentários", acrescenta.




Adultos que caminham três vezes por semana melhoram em 15% sua capacidade de aprendizado, concentração e raciocínio abstrato
Além de estimular novos neurônios, o exercício tem uma conseqüência direta no cérebro: aumenta o nível de oxigênio no órgão, deixando-o mais "plugado". "Exercícios estimulam a circulação, fundamental para o cérebro funcionar. É a maneira mais simples e barata para turbiná-lo", diz o neurocientista e psiquiatra Daniel Amen, premiado autor de vários livros sobre o assunto, entre eles o recém-lançado Making a Good Brain Great (Fazendo um Cérebro Bom Ficar Maravilhoso). "Recomendo jogar pingue-pongue. É um exercício aeróbico que melhora a coordenação visual e motora. Usa a parte de cima e de baixo do corpo, levando várias regiões do cérebro a trabalhar", afirma ele. Outro benefício é estimular a produção de serotonina, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar.

Alimentação
Inteligência à mesa

Crianças que fazem um desjejum reforçado tiram notas melhores em comparação às que pulam a refeição ou ficam no café com pão
Novos estudos também associam a performance intelectual à dieta. Recentemente, a Tufts University, reconhecida mundialmente por seus estudos ligados à educação, divulgou trabalho com a comprovação de que crianças bem alimentadas tiram notas melhores que seus colegas que se abastecem de junk food. Mais: alunos entre 9 e 11 anos que comeram cereais, frutas e iogurte no café-da-manhã mostraram maior capacidade de memória espacial, habilidade importante na resolução de problemas de matemática e ciências. "Alimentar sabiamente a mente leva-a a trabalhar melhor", afirma Michael Roizen, médico americano, fundador de um dos mais conceituados centros de estudo da saúde e do metabolismo humano. Não se trata apenas de diminuir as calorias. É preciso saber separar os alimentos que fazem o cérebro ficar mais ativo daqueles que tendem a diminuir sua performance (leia as quadros nas laterais das páginas). Sanduíches, salgadinhos e refrigerantes, por exemplo, são pobres em nutrientes, especialmente ä minerais, que têm papel importante no sistema nervoso central. A falta desses nutrientes prejudica o rendimento cerebral e a qualidade do sono. Por sua vez, ovos ajudam o corpo a produzir o neurotransmissor acetilcolina, usado na memória.




DIETA ESPERTA Confira os alimentos que turbinam o cérebro


Remédios
Viagra para o cérebro?
 


MODA Europeus e americanos aderiram ao modafinil para ficar plugados por mais tempo
Receitados para tratar doenças, alguns medicamentos têm sido usados para melhorar a performance mental, o que causa polêmica. O modafinil é um desses casos: indicado para o tratamento da narcolepsia (doença que provoca sono súbito e incontrolável), é agora consumido como estimulante por quem quer manter-se em alerta por muito tempo. Há quem diga ser possível ficar acordado por 60 horas sem nem piscar os olhos. Mas o uso prolongado tem diversos efeitos colaterais, como irritabilidade, tontura e dor de cabeça. Nos EUA e na Europa, onde o remédio já é vendido, as pessoas não estão muito preocupadas com as conseqüências. O número de receitas dobrou de 1 milhão em 2002 para 2 milhões no ano passado, com faturamento de US$ 440 milhões. Segundo o laboratório Cephalon, que espera um aumento de 25% neste ano, mais da metade dos usuários compra o remédio para efeitos que não estão indicados em sua bula. É o "Viagra" de quem precisa encarar uma longa jornada depois de uma noitada ou estar mais alerta para fechar um negócio ou participar de uma reunião de trabalho.
A ritalina, substância indicada para quem tem síndrome do déficit de atenção e hiperatividade, também vem sendo usada como estimulante. Da mesma classe das anfetaminas, a ritalina proporciona maior concentração e aumenta o estado de alerta. Pesquisadores fizeram um teste para ver se essa vantagem era mesmo mesurável: por meio de tomografias, detectaram que os níveis de dopamina - o neurotransmissor responsável pela euforia e pelo estado de alerta - subiram. Outra droga é a ampaquina, classe de medicamento que vem sendo usada experimentalmente como tônico da memória. Estudos mostram que ela pode melhorar as sinapses cerebrais. "A ampaquina modula o glutamato, substância que age no sistema excitatório do cérebro controlando o aprendizado e a capacidade de memória", diz Rodrigo Bressan, psiquiatra da Unifesp. Os médicos têm dois grandes receios: que o remédio impeça o cérebro de filtrar informações e, principalmente, de esquecer o que não se deseja mais lembrar.


Sono
Um poderoso aliado

ESSENCIAL Ao contrário do que muitos pensam, dormir não é um desperdício de tempo. A cabeça continua "plugada" nos problemas e funciona melhor ao acordar
Há quem se vanglorie de dormir quatro, cinco horas porque acha um desperdício ficar oito horas na cama. Mal sabe que dormir pouco tem conseqüências diretas na atividade mental. Deixar o cérebro descansar significa ter sua capacidade de ação aumentada. "Dormir pouco é como correr a São Silvestre com uma lesão", compara o neurologista Flávio Alóe, do Centro de Estudos do Sono do Hospital das Clínicas. "Você termina a corrida, mas pode errar mais, demorar muito tempo para concluí-la e se prejudicar."
O cérebro sofre muito com uma noite mal dormida (leia o quadro à pág. 74). Essas alterações estão ligadas à privação do sono REM, o período em que acontecem os sonhos. É durante essa fase que o cérebro armazena o que foi aprendido durante o dia e deleta tudo aquilo que não interessa. Vários estudos comprovam que quem passa o dia estudando um problema e tem uma boa noite de sono acorda com novos e mais certeiros caminhos para resolvê-lo. Vale tanto para questões profissionais como para um jogo de videogame e até para dilemas pessoais. Há evidências também de que uma ou duas horas extras na cama levam a uma performance melhor em atividades como uma prova. Quando se dorme mais, o poder de concentração aumenta.


CONSEQÜÊNCIAS DE UMA NOITE MALDORMIDA Quando se dorme menos que o necessário, ocorrem alguns tipos de comprometimento
Fonte: University of California
Memória
Potencial para o futuro

Ler temas novos e interessantes tem o efeito de um exercício para a memória
Treinar a memória equivale a treinar os músculos do corpo - é preciso usá-la ou ela atrofia. Há duas boas maneiras para fazer isso: a primeira é a leitura, porque, no instante em que se lê algo, ativam-se as memórias visual, auditiva, verbal e lingüística. "A qualidade do que se lê importa mais que a quantidade, porque gostar do assunto gera interesse", diz o médico e pesquisador Iván Izquierdo, diretor do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A memória sofre influência do humor e da atenção, despertada quando existe interesse em determinado assunto ou trabalho - o desinteresse, ao contrário, é uma espécie de "sedativo", que faz a pessoa memorizar mal. A outra forma de deixar a memória viva é o convívio com familiares e amigos, com quem se podem trocar idéias e experiências. "Palavras cruzadas são inferiores à leitura, mas também ajudam. Da mesma forma que ouvir uma música e tentar lembrar a letra ou visitar uma cidade para onde já se viajou e relembrar os pontos mais importantes", afirma Izquierdo.
É preciso corrigir o estilo de vida para manter a memória funcionando bem. "Uma pessoa de 40 anos só sofre de esquecimento se viver estressada e tiver um suprimento de informações acima do que é capaz de processar. Não dá para esperar o mesmo nível de retenção de informação quando se lê um e-mail enquanto ä se conversa ao telefone e é interrompido pela secretária. É preciso dar tempo para o cérebro", explica o psiquiatra Orestes Forlenza, da USP.
Segundo Barry Gordon, professor da Johns Hopkins Medical Institution, a memória "comum" focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e tem capacidade limitada, deteriorando-se com a idade. Já a "inteligente" é um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias. É a que ajuda a tomar decisões diárias, aquela "luz" que se acende quando se encontra a solução de um problema. Por exemplo: a comum esquece do aniversário da mulher; a inteligente lembra o que poderia ser um presente especial para ela. A comum esquece o nome de um conhecido encontrado na rua; a inteligente lembra o nome da mulher dele e onde ele trabalha, pistas que acabam levando ao nome da pessoa.
Relaxamento:
Alma leve, cabeça idem

Manter a cabeça tranqüila, livre do stress e dos pensamentos negativos, também melhora a performance mental
Inimigo do corpo, o stress também faz mal para a mente. Os hormônios produzidos por ele matam células neurais ligadas à memória. Fazer ioga e meditação ajudam. Mas não basta apenas relaxar. "Você é o que você come e também o que você pensa", diz o neurocientista Daniel Amen. "Quando temos bons pensamentos, nossa mente libera substâncias químicas diferentes de quando estamos zangados. O stress do pessimismo gera substâncias que atrapalham o fluxo sanguíneo. E tudo o que prejudica a circulação interfere no bom funcionamento cerebral", diz Amen. Ouvir música também faz bem. "Gera estimulação cerebral, principalmente nas áreas ligadas ao prazer", diz o psiquiatra Forlenza. "E ajuda a estimular processos intelectuais, como raciocínio e pensamento."
 
SMART DRINKS Bebidas prometem melhorar memória



 
 
TESTE A MEMÓRIA INTELIGENTE Descubra o que há de errado na primeira figura e o
que acontece na segunda


O cérebro é um sistema ultra-organizado e supercomplexo. Existem milhares de interconexões entre as diferentes regiões, a maioria ainda desconhecida pelos cientistas. Este esquema ilustra uma versão simplificada dessas conexões


1- Córtex pré-frontal
Comanda a capacidade da raciocinar, de resolver problemas e determina as respostas do comportamento do indivíduo ao estímulo recebido. Esta área é uma das últimas a amadurecer na adolescência. Talvez seja a razão por que o jovem toma decisões rapidamente, sem pensar nas conseqüências. É aqui também que os neurônios envolvidos em algumas atividades que exigem concentração, como fazer palavras cruzadas, são estimulados
2- Lóbulo frontal
Região onde estão armazenadas informações que permitem o discernimento social e a capacidade de prever as conseqüências de uma atitude. Quando a pessoa toma um drinque, o álcool atinge o lóbulo frontal, levando-a a sentir-se mais alegre e relaxada
3- Córtex motor primário
Principal região do cérebro, responsável por movimentos como andar, correr. Os neurônios dessa área estão diretamente conectados com o cerebelo, que auxilia no "ajuste fino" do exercício. Durante qualquer atividade, diversos hormônios e substâncias são produzidos e liberados na corrente sanguínea, atingindo outras regiões do cérebro
4- Lóbulo parietal
É a região do cérebro que processa as reações somato-sensoriais. É ativado quando o indivíduo ouve uma música (audição) ou lê um livro (memorização)
5- Sistema límbico
Regula a sede, o impulso sexual, a fome. Este sistema emocional é ativado quando, por exemplo, um executivo tem de decidir onde aplicar o dinheiro de sua empresa. É aquilo que se convencionou chamar de "ouvir as emoções". Esta área é acionada quando se faz algo que dê prazer - tanto comer como ingerir drogas
6- Lóbulo occipital
Onde se processam basicamente os estímulos visuais captados pelos olhos, que interpretam informações por meio de comparações, seleção e integração. Está ligado também à memória visual, quando se lê um livro
7- Lóbulo temporal
Agrega principalmente os estímulos auditivos - como quando se ouvem as sonatas de Mozart, por exemplo
8- Amígdala
É a área da expressão das emoções, como a tristeza e o medo. Aciona-se a amígdala quando se treme de medo ao ver um assalto. É como se tivesse sido disparado um alarme dentro do cérebro. Todo o organismo fica em estado de alerta
9- Hipocampo
É a conhecida "região da memória", de curto e médio prazo - torna o indivíduo capaz de se lembrar, por exemplo, do que vestiu ontem. O sono REM, fase em que acontecem os sonhos, estimula o hipocampo. Quando a pessoa dorme, surgem fragmentos dessa memória. A memória de trabalho está ligada a esta região, onde também ocorre o aprendizado de novas informações
10- Cerebelo
É aqui que acontece o aprendizado da música, das operações matemáticas e a coordenação motora fina. O cerebelo comanda o equilíbrio e a musculatura de todo o corpo. Um distúrbio aqui pode gerar paralisia das cordas vocais, de braços e pernas. Fazer tricô, por exemplo, envolve o córtex motor, mas é uma tarefa impossível sem o precioso auxílio do cerebelo - de onde saem os "comandos" para digitar ou tocar violão


Fonte: Alysson Renato Muotri, pesquisador associado do Salk Institute, na Califórnia
Infográficos: Nilson Cardoso


Entrevista com especialista que discute se é correto criar inteligência a base de remédios
Ana Tereza Clemente e Aida Veiga 
fonte: preludioboys.vilabol.uol.com.br/inteligencia.html

4 de out. de 2010

Liguem a TV: vamos estudar!



Novelas, seriados, desenhos animados, noticiários... Qualquer programa de televisão pode ser usado na sala de aula para introduzir ou aprofundar conteúdos e para discutir valores e comportamento


A professora Simone e os alunos da 4ª série da escola Egon Schaden, em Francisco Morato (SP): no final do projeto sobre trabalho infantil, a garotada interpreta apresentadores de telejornal e de comerciais, repórteres e cinegrafistas e aprende como a televisão é feita. Foto: Ricardo Benichio
A professora Simone e os alunos da 4ª série da escola Egon Schaden, em Francisco Morato (SP): no final do projeto sobre trabalho infantil, a garotada interpreta apresentadores de telejornal e de comerciais, repórteres e cinegrafistas e aprende como a televisão é feita. 
Ela usa ação, imagens e sons especialmente selecionados para prender a atenção da garotada. Ajuda na formação de memórias de longa duração. É capaz de desenvolver a imaginação dos jovens, e as histórias que ela conta são tema de conversas e debates acalorados entre eles. E tem mais: os alunos certamente permanecem de olhos grudados nela em tempo igual ou superior ao que ficam na escola. Dá para desprezar uma ferramenta pedagógica com essas características?

Estamos falando da televisão, esse meio de comunicação tão importante quanto controverso, que já despertou o amor e o ódio de muitos educadores, psicólogos e sociólogos. Alguns dizem que a TV aliena e emburrece. Outros a acusam de promover a violência e o consumismo. A programação que é veiculada nas dezenas de canais abertos ou por assinatura segue, sim, a lógica do entretenimento e do mercado: permanecem mais tempo em cartaz novelas, seriados, telejornais e outros gêneros que têm audiência, e, portanto, patrocinadores. Mas sua influência é inegável. Há dois anos, um estudo do Ateliê Aurora, programa de pós-graduação em educação da Universidade Federal de Santa Catarina, constatou que assistir televisão era a atividade mais marcante da rotina das crianças de todos os contextos sociais. Foram entrevistados alunos de Florianópolis de uma escola particular de elite e de escolas públicas localizadas em favela, no centro da cidade e em vila de pescadores. "A TV não é perfeita e o sistema educativo não vai mudá-la. Então, a escola deve usar esse recurso em benefício próprio", afirma Ismar de Oliveira, coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP).

Com a profusão de canais abertos e por assinatura, a televisão oferece programas para todas as faixas etárias. Noticiários, novelas, minisséries, seriados, talk shows, documentários, programas de auditório, desenhos animados, filmes, clipes... Eles podem ser usados para introduzir conteúdos, aprofundá-los ou ilustrá-los ou para debates sobre comportamento e ética. Selecione os que se encaixam em seus objetivos e fique de olho para perceber onde está o interesse da garotada.


 
Tudo na TV pode ser aproveitado



Não é nada fácil para os adultos que cresceram ouvindo críticas a esse meio de comunicação tratá-lo bem. Segundo Maria Thereza Fraga Rocco, professora da Faculdade de Educação da USP, há uma tendência por parte de pais e professores em olhar a telinha como o demônio responsável pelo (mau) comportamento das crianças: "Se ela fosse tão influente na atitude das pessoas, bastaria termos uma TV perfeita para vivermos na sociedade dos sonhos". Existem os programas violentos, os que veiculam valores distantes do que os educadores querem passar aos alunos e os que tratam a realidade de maneira simplista ou equivocada. Mas inclusive esses podem render bons frutos: "Tudo o que passa na televisão é educativo. Basta o professor fazer a intervenção certa e propiciar momentos de debate e reflexão", garante José Manuel Moran, professor das Faculdades Sumaré, em São Paulo, e pesquisador na área de tecnologias aplicadas à educação.

Portanto, abandone o discurso que rotula a telinha como a raiz de todos os males e procure assisti-la com outros olhos. Foi o que fez o coordenador pedagógico do Colégio Pentágono, em São Paulo. Carlos Nascimento Júnior precisava encontrar um assunto de interesse dos alunos de 5ª e 6ª séries para ser tema do jornal do colégio no ano passado: "Sempre achei a programação da televisão ruim e fútil e me recusava a perder o pouco tempo livre na frente dela. Mas percebi como esse meio de comunicação é importante na vida das crianças e resolvi dar mais atenção a ele".

Carlos notou a influência dos desenhos animados na fala e nas atitudes dos garotos e não teve dúvidas. Os jovens de 5ª e 6ª séries levantaram os desenhos preferidos pelos colegas da 4ª série, assistiram aos vídeos, discutiram a maneira como os personagens se relacionavam muitas vezes com brigas e violência e conceitos de justiça e amizade. Cada um escreveu um artigo para a publicação baseado nesses debates. Em um dos episódios, um erro científico: duas naves explodem no espaço produzindo barulho e fogo. "Como pode haver som no espaço se ele não se propaga no vácuo? (...) O fogo precisa de oxigênio para queimar, e no espaço não tem oxigênio", questionou Isabela Tavares em seu texto.



O melhor ela faz por você: prender a atenção 

No ano passado, pesquisa do Centro Brasileiro de Mídia para Crianças e Adolescentes (Midiativa), em São Paulo, constatou que a televisão começa a ter fortes concorrentes ao disputar a preciosa atenção de crianças e adolescentes. Internet e celular estão entrando com tudo como opção de lazer e divertimento, mas em camadas pequenas da população. Os jovens ainda gastam em média de quatro a cinco horas por dia na frente de um aparelho de televisão.

Elvira Souza Lima, pesquisadora na área de neurociências aplicada à mídia, de São Paulo, explica que a linguagem que a TV usa imagens em movimento, coloridas, trabalhadas com cortes e fusões e envolvidas em trilhas sonoras especialmente escolhidas mobiliza o sistema límbico, estrutura do cérebro responsável pelas emoções, o que leva a um estado de atenção concentrada. Alguns programas ainda desafiam a imaginação ao propor questões e não dar as respostas imediatamente. "A novela e as minisséries fazem isso muito bem, terminando os capítulos com suspense", exemplifica Elvira.



Olhar crítico vem com debates 

Com tantos recursos usados para emocionar e prender a atenção, será que a TV não pode se tornar mesmo um instrumento de manipulação de mentes? Sim, pode. Por isso, levar a televisão para a sala de aula implica também ensinar os alunos a vê-la com olhar crítico. Para Gilka Girardello, coordenadora do Ateliê Aurora, o fundamental é fazê-los entender que a televisão não é uma "janela para o mundo" como gostam de caracterizar os mais entusiasmados: "Ela é um recorte muito bem produzido e montado da realidade e não a realidade".

Estimular os alunos a opinar sobre os programas e chamar a atenção deles para os cortes das cenas e o uso da trilha sonora ajuda a criança a perceber as diversas possibilidades do meio. José Manuel Moran afirma que, quando os alunos produzem programas, captando imagens e selecionando cenas, fica mais fácil perceber as intenções de quem faz televisão. Mas, para tanto, a escola precisaria ter equipamentos. Se isso não for viável, um caminho é comparar os programas com outros produtos culturais: uma novela com o livro que a originou; o telejornal com o jornal impresso; o desenho animado com gibis.

Ao adotar a televisão como recurso pedagógico, convém avisar os pais eles podem ter preconceitos e achar que a escola está enrolando ao colocar a turma na frente do aparelho "em vez de" dar aula. Durante a conversa, Gilka Girardello aconselha o professor a enfatizar que os programas selecionados têm ligação com o conteúdo estudado. Algumas dinâmicas podem ser usadas, como a discussão sobre os valores morais e éticos que uma telenovela está veiculando e a análise de telejornais.



Como usar a TV em sala de aula 

Para que o uso produza resultados positivos na aprendizagem, antes de ligar o aparelho lembre-se de:

- Gravar o programa e selecionar as cenas que serão exibidas aos alunos, fazendo o recorte dentro dos seus objetivos.

- Planejar as aulas propondo exercícios e atividades relacionadas ao vídeo: eles não podem ser exibidos como se fossem auto-explicáveis.

- Checar a qualidade da imagem e do som.

- Parar a exibição sempre que necessário para comentários ou explicações.

- Pedir para os alunos anotarem as cenas mais importantes, as falas e os detalhes mais marcantes.

- Rever as cenas mais importantes.

- Observar as reações do grupo para voltar aos pontos da exibição que a turma mais se deteve. 
Como NÃO usar a telinha em aula

Sem critério e objetivos pedagógicos claros, a televisão pode virar embromação. Portanto, evite:

- Usar como tapa-buraco quando falta professor ou acontece algum contratempo.

- Passar vídeo que não tenha relação com o conteúdo: as crianças percebem que essa é uma forma de camuflar a falta de planejamento.

- Usar o recurso em todas as aulas e esquecer outras dinâmicas: o exagero diminui a eficiência e empobrece as atividades.

- Criticar sistematicamente possíveis defeitos de informação ou estéticos: se eles existirem, desafie a turma a encontrá-los e a questioná-los.

- Assistir à televisão com os alunos sem discussão: qualquer assunto que venha da televisão deve ser integrado com o tema da aula.


Noticiários atualizam os conteúdos escolares 

Uma das características da televisão é trabalhar com temas atuais. Dessa forma, ela pode atualizar conteúdos dos livros didáticos ou mesmo fornecer material que ainda não está neles. Simone de Godoy Cuchera, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Egon Schaden, em Francisco Morato, município da Grande São Paulo, recorreu à TV para tratar de trabalho infantil com sua turma de 4ª série. O assunto foi um dos temas geradores do ano passado. A turma leu o Estatuto da Criança e do Adolescente e assistiu a reportagens dos programas Fantástico e Globo Repórter, da TV Globo.

Com as pesquisas na internet sobre as diferentes situações de trabalho infantil e o que está sendo feito no Brasil para erradicá-lo, os alunos perceberam que a realidade não se limita ao que é mostrado na telinha. Por outro lado, precisaram selecionar as informações para montar um "telejornal" sobre o tema, compreendendo a necessidade de síntese para o veículo. Os estudantes montaram cenários reproduzindo um estúdio de TV, um lixão e uma pedreira que usa mão-de-obra infantil. Meninos e meninas assumiram os papéis de crianças exploradas, apresentadores, repórteres e cinegrafistas. Alguns foram até garotos-propaganda dos produtos que criaram, como patiskate (patinete com skate), carlancheira e babylancheira (recipientes para a merenda), anunciados no intervalo.



Novelas e seriados rendem estudo de época e de costumes 

As novelas, minisséries, seriados ou episódios contam histórias do cotidiano. Ao abordar conflitos pessoais ou sociais comuns, prendem a atenção pela previsibilidade ou pelo humor. Essa relação entre o real e o imaginário atrai os telespectadores, que se identificam com situações ou personagens. A aproximação com a vida real fornece rico material para discutir valores e comportamentos.

Em um projeto sobre discriminação, uma das atividades sugeridas pela professora Maria da Glória Pereira de Miranda à sua turma de 8a série do Colégio Estadual Aurelino Leal, em Niterói (RJ), foi fazer o levantamento dos programas que mais apresentam situações de preconceitos racial, social ou de gênero. Os alunos pesquisaram em casa e concluíram que Chaves, seriado mexicano exibido à tarde pelo SBT, era o campeão. O personagem do título é maltratado pelos colegas por ser órfão, pobre e mal- vestido. Os estudantes começaram então a reparar como eles mesmos julgavam as pessoas pela aparência e, depois de um debate, concluíram que eles próprios são preconceituosos e que precisavam mudar de atitude.

Já as produções de época fornecem farto material de pesquisa em diversas disciplinas. As professoras Ana Néri de Oliveira Lins e Luciana Maria Silva Lopes, da 4ª série da escola Egon Schaden, em Francisco Morato, usaram a minissérie A Casa das Sete Mulheres, produzida pela TV Globo, para introduzir o estudo sobre a Região Sul. Elas compraram o DVD e a revista sobre o programa, assistiram em casa e selecionaram as cenas mais importantes para reproduzi-las em classe ao longo do projeto. O estudo rendeu vários capítulos: em História, os alunos pesquisaram a Revolução Farroupilha e os outros levantes ocorridos no Brasil Colônia; para fazer a maquete da residência, eles usaram conhecimentos de geometria e cálculos; em Artes, analisaram as imagens de Giuseppe e Anita Garibaldi e Bento Gonçalves publicadas nos livros com as dos atores que os interpretaram, fizeram retratos deles e reproduziram batalhas e cenas em desenhos; a comparação do vocabulário típico do gaúcho com o de outros estados rendeu divertidas aulas de Língua Portuguesa. Para finalizar, a releitura da minissérie deu origem a uma peça de teatro reescrita pela turma.

Noni Ostrower, coordenadora do Centro de Criação de Imagem Popular, no Rio de Janeiro, que oferece cursos de capacitação para diversas redes de ensino, sugere que as produções de época sejam exploradas na comparação de tecnologias, costumes, características sociais e econômicas com a sociedade atual. Quando se tratar de ficção, é possível estimular a imaginação da garotada pedindo à turma que escreva desfechos diferentes para as telenovelas ou seriados ou proponha outros começos para a trama. "O texto dos alunos ainda pode render uma versão em língua estrangeira", completa. 



Propaganda motiva estudo de Matemática


Keila Cilene Lopes de Oliveira, professora da Escola Estadual Jornalista Trajano Chacon, no Recife, encontrou na televisão uma aliada para motivar os jovens e adultos de 5ª a 8ª série. "Todos têm TV em casa, assistem e gostam." Para quebrar o grande tabu que a Matemática representava para eles, ela levou para a classe um vídeo com comerciais de supermercados e lojas de eletrodomésticos gravados em casa. Primeiro ela pediu para os estudantes relatarem o que viram e ouviram nas propagandas. O objetivo era que percebessem a força de coerção da linguagem. Depois ela introduziu os conteúdos: com os números utilizados nos comerciais, ela ensinou juros, desconto, vendas à vista e a prazo e propôs vários exercícios. "Eles se animaram ao constatar o uso prático da disciplina", contou a professora.

Para Ismar de Oliveira, o maior atrativo da telinha é ela ser puro entretenimento: "Ela trabalha com humor e síntese e conta histórias sem parar". E, bem trabalhada em sala de aula, pode ser o recurso que faltava para tornar as aulas mais dinâmicas e atraentes. 



fonte: http://revistaescola.abril.com.br